terça-feira, 4 de junho de 2013

TEXTO SOBRE ESCRAVIDÃO E ATIVIDADES/ 9º ANO...

Leia o texto com atenção e realize as atividades abaixo:

     Desvela-se o cotidiano do trabalho numa fazenda do sudeste, em meados dos Oitocentos. De qual trabalhador falamos? Podia ser um José. Um africano com nome cristão. (...) Não um qualquer e sim oriundo de um povo do mesmo nome localizado no nordeste do vale Zambezi, na província de Tete. Lá para as bandas da África Oriental. Mas no Brasil todos o chamavam de José Moçambique. Tinha 17 anos quando embarcou aprisionado no porto de Quilimane, chegando ao Brasil no navio Brigue-Ganges em 1834, já durante o período de ilegalidade do comércio atlântico de escravos. Melhor sorte tiveram outros malungos (como se denominavam os companheiros de viagem dos tumbeiros) que vieram embarcados nesse mesmo navio, numa viagem em 1839. Abordados em alto mar pela marinha inglesa, mobilizada na repressão ao tráfico ilegal, foram considerados africanos livres. No Rio de Janeiro, José não ficou muito tempo. Outra viagem se fazia urgente. Rumo às fazendas de café. Chegaria a Vassouras, coração do mundo cafeeiro, dos barões do vale do Paraíba. Inserção e aprendizado ali foram imediatamente realizados com a ajuda de outros africanos que encontrou. E, não passadas duas dúzias de anos, foi a vez de José iniciar na rotina daquela fazenda outros trabalhadores “estrangeiros” recém-chegados. Estes não eram africanos, nem tão iguais. Eram crioulos escravos provenientes do Maranhão, Ceará, Piauí e Sergipe, vendidos no lucrativo comércio interprovincial no pós-1850. José lembra que muitos, apesar de oriundos de povos e regiões diferentes eram chamados – a maioria – pelo sobrenome Cabinda, Angola, Congo e Benguela. Tinham uns chamados por fulano Cassange, beltrano Monjolo, sicrano Ganguela, Rebolo, e igualmente vários Moçambique. E posteriormente muitos crioulos. E de muitos lugares.

1.      Explique o contexto histórico descrito e os acontecimentos da época que interferiram na vida dos sujeitos históricos mencionados:
2.      Explique um dos principais objetivos da Lei de Terras de 1850:
3.      Por que motivos é impossível falar em cidadania em um país onde predomina o trabalho escravo?
4.      Qual foi um dos motivos que fez com que o governo brasileiro aceitasse a vinda de imigrantes europeus a partir da segunda metade do século XIX?
5.      Como ficou a situação dos libertos depois da Abolição em 1888?
6.      Quais foram as principais consequências da Guerra do Paraguai?

7.    As palavras a seguir foram ditas por um diplomata inglês, no século passado:
“Nossas colônias não têm mais escravos. Por que outras áreas tropicais haverão de ter? Estamos montando negócios na África. Por que continuar com o tráfico negreiro, que tira nossa mão de obra de lá? Além disso, nem a servidão nem a escravidão cabem mais no mundo de hoje. Viva o trabalho assalariado! E que os salários sejam gastos na compra das nossas mercadorias.”
***    De acordo com esse diplomata, que interesses teria a Inglaterra em acabar com o tráfico de escravos e com a escravidão?

Profª Letícia Schio- História

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