quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A CONTRIBUIÇÃO DO POVO AFRICANO PARA O BRASIL/ 4º e 5º ANOS

A CONTRIBUIÇÃO DO POVO AFRICANO PARA O BRASIL


            A contribuição dos negros na construção da sociedade brasileira é evidente. É possível notar sua influência desde simples superstições até o modo de viver do brasileiro. O cantar, o dançar, o sentir, o produzir e até mesmo o refletir foram características transmitidas por meio dos negros. Essa grande influência teve início a partir do tráfico negreiro, em que milhões de africanos foram forçados a sair de seu continente de origem para exercer trabalho escravo no Brasil.

            O negro foi considerado mercadoria no Brasil a partir do final do século XVI, quando os colonizadores portugueses começaram a substituir a mão-de-obra indígena pela negra. E partir desse momento, o negro se tornou importante no cenário brasileiro. Ele foi introduzido em todas as áreas de trabalho, como a do artesanato, a agrícola e a doméstica.
            É necessário salientar que o negro não veio sem cultura do seu local de origem. Ao entrar no Brasil ele viu uma realidade totalmente diferente da que vivia, visto que para o colonizador europeu (portugueses), eles eram considerados somente como mão-de-obra, mas o negro no continente africano vivia em tribos, lá ele era príncipe. A diferença cultural das etnias africanas era imensa, ou seja, lá se tinha uma prática cultural diferenciada, dependendo da região à qual pertencia.
            A contribuição do povo africano para a formação brasileira foi importante tanto na composição física da população, quanto na adequação do que viria a ser cultura, isso inclui: a culinária, língua, música, religião, estética, valores sociais e estruturas mentais.


VOCÊ SABIA! A cultura africana hoje tem traços indígenas e europeus. Assim, é possível dizer que essa grande troca cultural vai além de regiões, para se tornar uma cultura única, a cultura brasileira, considerada uma das mais ricas, fazendo do Brasil um país de grande miscigenação cultural e racial.



            Conclui-se, que a histórica do povo africano é rica, e que apesar do sofrimento, e das grandes batalhas por direitos, os negros se tornaram um fator principal na construção do Brasil de hoje. O negro foi e sempre será um dos alicerces dessa nação.
            * Na culinária- Acarajé, mungunzá, quibebe, farofa, vatapá são pratos originalmente usados como comidas de santo, ou seja, comidas que eram oferecidas às divindades religiosas cultuadas pelos negros. Hoje, porém, são dignos representantes da culinária brasileira. O angu, o cuscuz, a pamonha e a feijoada, nascida nas senzalas e feita a partir das sobras de carnes das refeições que alimentavam os senhores; o uso do azeite de dendê, leite de coco, temperos e pimentas; e de panelas de barro e de colheres de pau.           Os traficantes de escravos também trouxeram para o Brasil ingredientes africanos como é o caso da banana, símbolo de brasilidade mundo afora.
            * Na Religião: Os escravos vindos da África trouxeram consigo o candomblé. Proibidos de praticar sua religião, os africanos associaram a cada orixá um ou mais santos católicos, conforme cada religião do Brasil, para exercerem sua religião sem serem perseguidos. Dos orixás de origem africana, se tornaram mais populares os seguintes: oxalá, xangô, yansã, oxún, ogun, oxósse, omolu, yemanjá, e exu. Na tentativa de catequizar os negros, os europeus promoveram uma grande mistura que resultou nas hoje chamadas de religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, fruto da inter-relação de culturas. 
            * Na dança
Coco- também denominado “bambelô”, é muito dançando da região praiana do Nordeste, sobretudo Alagoas. É uma dança de roda, cuja coreografia é mais um sapateado, acompanhado de plantas.
Frevo: teve origem na capoeira, cujos movimentos foram estilizados para evitar a repressão policial. O nome vem da ideia de fervura (pronunciada incorretamente como “frevura”). É uma dança coletiva, executada com uma sombrinha, que seve para manter o equilíbrio e embelezar esta dança. Atualmente, é símbolo do carnaval pernambucano.
Capoeira: trazida pelos negros de Angola, inicialmente, não era praticada como luta, mas como dança religiosa. O capoeirista era considerado um marginal, um delinquente. O Decreto-lei 487 acabou temporariamente com a capoeira, mas os negros resistiram até a sua legalização. E em 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como Bem Cultural de Natureza Imaterial, podendo ser exercida.
Samba: O Semba de origem angolana foi quem deu origem ao Samba Brasileiro. Suas variações:
Samba rock, Samba jazz, Samba de gafieira, Samba choro, Samba enredo, Samba canção, Samba carnavalesco e outros.

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