A CONTRIBUIÇÃO DO POVO AFRICANO
PARA O BRASIL
A contribuição
dos negros na construção da sociedade brasileira é evidente. É possível notar
sua influência desde simples superstições até o modo de viver do brasileiro. O
cantar, o dançar, o sentir, o produzir e até mesmo o refletir foram
características transmitidas por meio dos negros. Essa grande influência teve
início a partir do tráfico negreiro, em que milhões de africanos foram forçados
a sair de seu continente de origem para exercer trabalho escravo no Brasil.
O negro foi considerado
mercadoria no Brasil a partir do final do século XVI, quando os colonizadores
portugueses começaram a substituir a mão-de-obra indígena pela negra. E partir
desse momento, o negro se tornou importante no cenário brasileiro. Ele foi
introduzido em todas as áreas de trabalho, como a do artesanato, a agrícola e a
doméstica.
É necessário salientar que o
negro não veio sem cultura do seu local de origem. Ao entrar no Brasil ele viu
uma realidade totalmente diferente da que vivia, visto que para o colonizador europeu
(portugueses), eles eram considerados somente como mão-de-obra, mas o negro no
continente africano vivia em tribos, lá ele era príncipe. A diferença cultural
das etnias africanas era imensa, ou seja, lá se tinha uma prática cultural
diferenciada, dependendo da região à qual pertencia.
A contribuição do povo
africano para a formação brasileira foi importante tanto na composição física
da população, quanto na adequação do que viria a ser cultura, isso inclui: a
culinária, língua, música, religião, estética, valores sociais e estruturas
mentais.
VOCÊ
SABIA! A cultura
africana hoje tem traços indígenas e europeus. Assim, é possível dizer que essa
grande troca cultural vai além de regiões, para se tornar uma cultura única, a
cultura brasileira, considerada uma das mais ricas, fazendo do Brasil um país
de grande miscigenação cultural e
racial.
Conclui-se, que a histórica do
povo africano é rica, e que apesar do sofrimento, e das grandes batalhas por
direitos, os negros se tornaram um fator principal na construção do Brasil de
hoje. O negro foi e sempre será um dos
alicerces dessa nação.
* Na culinária- Acarajé, mungunzá, quibebe, farofa, vatapá são pratos originalmente
usados como comidas de santo, ou seja, comidas que eram oferecidas às
divindades religiosas cultuadas pelos negros. Hoje, porém, são dignos
representantes da culinária brasileira. O angu, o cuscuz, a pamonha e a feijoada, nascida nas senzalas
e feita a partir das sobras de carnes das refeições que alimentavam os
senhores; o uso do azeite de dendê, leite de coco, temperos e pimentas; e de
panelas de barro e de colheres de pau. Os
traficantes de escravos também trouxeram para o Brasil ingredientes africanos
como é o caso da banana, símbolo de brasilidade mundo afora.
*
Na Religião: Os escravos
vindos da África trouxeram consigo o candomblé. Proibidos de praticar sua
religião, os africanos associaram a cada orixá um ou mais santos católicos,
conforme cada religião do Brasil, para exercerem sua religião sem serem
perseguidos. Dos orixás de origem africana, se tornaram mais populares os
seguintes: oxalá, xangô, yansã, oxún, ogun, oxósse, omolu, yemanjá, e exu. Na
tentativa de catequizar os negros, os europeus promoveram uma grande mistura
que resultou nas hoje chamadas de religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e
o Candomblé, fruto da inter-relação de culturas.
*
Na dança:
Coco- também denominado “bambelô”, é muito dançando da região praiana do
Nordeste, sobretudo Alagoas. É uma dança de roda, cuja coreografia é mais um
sapateado, acompanhado de plantas.
Frevo: teve
origem na capoeira, cujos movimentos foram estilizados para evitar a repressão
policial. O nome vem da ideia de fervura (pronunciada incorretamente como
“frevura”). É uma dança coletiva, executada com uma sombrinha, que seve para manter
o equilíbrio e embelezar esta dança. Atualmente, é símbolo do carnaval
pernambucano.
Capoeira: trazida pelos negros de Angola, inicialmente, não era praticada
como luta, mas como dança religiosa. O capoeirista era considerado um marginal,
um delinquente. O Decreto-lei 487 acabou temporariamente com a capoeira, mas os
negros resistiram até a sua legalização. E em 15 de julho de 2008 a capoeira
foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como Bem
Cultural de Natureza Imaterial, podendo ser exercida.
Samba: O
Semba de origem angolana foi quem deu origem ao Samba Brasileiro. Suas
variações:
Samba rock, Samba
jazz, Samba de gafieira, Samba choro, Samba enredo, Samba canção, Samba
carnavalesco e outros.
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