1. INTRODUÇÃO
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Este Projeto foi elaborado para o 3º
trimestre do ano de 2015, para a turma do 1º ano da Escola de Ensino Fundamental
Vicente Pallotti.
É possível dizer que não se vive do passado, se vive do
presente e do futuro. Porém, para se compreender as transformações pelas quais
a cultura de um povo tem passado no decorrer dos tempos, se faz necessário
conhecer como era antes no inicio de sua construção. Há de se estabelecer
parâmetros para se poder definir em que aspectos a cultura foi transformada e
em que grau.
Acredita-se que, não se deve pregar o isolamento cultural, se fechando em guetos. O individuo deve estar aberto e receptível ao novo. Deve-se conhecer e experimentar as outras culturas como forma de valorizar a diversidade cultural dos povos e como enriquecimento cultural.
Supõe-se que, para conhecer e assimilar a história da construção da cultura de outros povos deve-se primeiro conhecer a história da própria cultura, saber como se deu essa construção e como foi o processo de evolução e desenvolvimento da mesma. Só assim, pode-se conhecer e entender outras culturas. Conhecendo a própria cultura, o individuo compreenderá a importância de mantê-la viva na memória, protegê-la e valorizar a cultura como forma de preservar o que somos, nossas características, nossa identidade.
Acredita-se que, não se deve pregar o isolamento cultural, se fechando em guetos. O individuo deve estar aberto e receptível ao novo. Deve-se conhecer e experimentar as outras culturas como forma de valorizar a diversidade cultural dos povos e como enriquecimento cultural.
Supõe-se que, para conhecer e assimilar a história da construção da cultura de outros povos deve-se primeiro conhecer a história da própria cultura, saber como se deu essa construção e como foi o processo de evolução e desenvolvimento da mesma. Só assim, pode-se conhecer e entender outras culturas. Conhecendo a própria cultura, o individuo compreenderá a importância de mantê-la viva na memória, protegê-la e valorizar a cultura como forma de preservar o que somos, nossas características, nossa identidade.
Segundo Barros (2008). “proteger não significa defender o
isolamento ou o fechamento ao diálogo com outras culturas, mas sim encontrar
meios de promover a sua própria cultura”.
Pedroso (l999) afirma que. “Um povo que não tem raízes acaba se perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos dão uma identidade de povo, de nação”. Percebe-se a importância de se conhecer as raízes da própria cultura para que haja a formação de identidade, no propósito de se definir enquanto cidadão sabendo situar-se na sociedade.
Pedroso (l999) afirma que. “Um povo que não tem raízes acaba se perdendo no meio da multidão. São exatamente nossas raízes culturais, familiares, sociais, que nos distinguem dos demais e nos dão uma identidade de povo, de nação”. Percebe-se a importância de se conhecer as raízes da própria cultura para que haja a formação de identidade, no propósito de se definir enquanto cidadão sabendo situar-se na sociedade.
O teatro surge como a ponte da interdisciplinaridade, a
que liga a arte as faixas temáticas a fim de, proporcionar a contextualização e
a dramatização dos assuntos de forma que seja sempre evidenciado a humanização
do ser.
Entende-se que, para a assimilação da relevância desse
conhecimento há de se ressaltar a construção histórica da cultura de um povo.
Segundo Arias (2002, p.9):
O Projeto contemplará alguns eixos dos
PCNs, com subsídios e argumentações necessárias ao Ensino Fundamental.
2. JUSTIFICATIVA
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Este Projeto justifica-se devido a
necessidade de ser abordado o tema respeito as diferenças, visto que o
respeito, a igualdade e valorização do ser humano são temas vivenciados por
todos dentro da escola. Resurge para
reforçar os valores e o respeito a pessoa humana. São Vicente Pallotti por
muitas vezes pregava que além de amar o próximo devemos sobre tudo ensiná-lo a
viver na direção do amor e da fé.
Desta forma o III trimestre será
enriquecido com este espírito de humanização através do respeito as diferenças.
No transcorrer será referenciada a cultura indígena e africana. Proporcionar
momentos de reflexão sobre o preconceito e suas relações na sociedade. Visto
que, nesta fase são formadas as identidades e suas percepções sobre as
situações. Para que os alunos compreendam que são diferentes uns dos outros e
que esta diversidade decorre de uma complementaridade. As diversidades são
necessárias a construção das personalidades.
É importante ressaltar estas temáticas,
devido a sua necessidade para a formação humana, assim como sua correlação
entre os eixos temáticos abordados na Educação Básica. Os alunos necessitam
valorizam e questionar-se as inúmeras formas de culturas e suas implicações nos
dias de hoje.
Justifica-se a inserção do teatro devido a sua abrangência
de competências, a sua forma lúdica de ensinar através da criação, da arte. O
aluno aprende a construir, a criar falas e desta forma sua oralidade é toda vez
recontada e refeita, novas palavras e novas criações são propostas aos colegas.
Promove a desinibição e a autonomia, a capacidade de expressão corporal,
imposição da voz, trabalha o lado emocional, e o que também propõe o projeto,
desenvolve as habilidades para as artes plásticas (confecção de fantoches,
cenário e pinturas).
O professor utilizando na sua prática o
teatro estará estimulando a criança ao desejo de aprender e nesta conjuntura
Reverbel (1997)
fala da
importância do uso do teatro no ensino: O ensino do teatro é fundamental, pois,
através dos jogos de imitação e criação, a criança é estimulada a descobrir
gradualmente a si própria, ao outro e ao mundo que a rodeia. E ao longo do
caminho das descobertas vai se desenvolvendo concomitantemente a aprendizagem
da arte e das demais disciplinas. (pág.25)
O teatro oportuniza a pesquisa,
desenvolve a escrita e trabalha o ser humano de forma íntegra. Aproximando a
pessoa ao próximo, ao respeito e a aceitação. Esta temática é necessária para a
efetivação sobre as culturas indígenas e africanas, pois são culturais que
merecem referência e respeito as suas
contribuições.
Atividades como estas, transformarão as
aulas, farão com que os alunos sintam as aulas prazerosas, além de estimular a
participação de todos. O teatro pode transformar a escola em um espaço de
trabalho e aprendizagem pelo caminho do prazer e encantamento. E de acordo com
o PCN de Artes:
O teatro, no
processo de formação da criança, cumpre não só a função integradora, mas dá
oportunidade para que ela se aproprie crítica e construtivamente dos conteúdos
sociais e culturais de sua comunidade mediante trocas com os seus grupos. No
dinamismo da experimentação, da influencia criativa propiciada pela liberdade e
segurança, a criança pode transitar livremente por todas as emergências
internas integrando imaginação, percepção, emoção, intuição, memória e
raciocínio. (PCN, 1997, pág. 84.)
É na escola onde a criança é estimulada
a conhecer e explorar o mundo, onde ela se socializa com outras crianças,
aprende a dividir a compartilhar brinquedos e o carinho das pessoas que elas
gostam, tendo a convivência com a diversidade, contribuindo para a construção
do seu processo de aprendizagem.
A culinária será um destaque também
durante o projeto. Muitas vezes, nem nos damos
conta que a cultura negra está presente no nosso cotidiano. Diversas palavras
do nosso vocabulário tem origens africanas como batuque, sapeca e moleque. Na
culinária não é diferente, pratos como canjica, pamonha, cuzcuz, farofa,
vatapá, feijoada e acarajé foram trazidos pelos negros. Faremos tapioca
recheada e degustaremos cangica doce.
A influência da cultura africana na música, mais específico
no samba, começou na Bahia com a
ajuda da mistura de vários ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele
criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Por exemplo: quem fosse
pego cantando ou dançando samba corria o risco de ir batucar atrás das grades.
E tudo isso porque era ligado á cultura negra, que era inaceitável na época. Só
mais tarde o samba passou a ser visto como um símbolo nacional e dele se
originaram outros ritmos musicais muito populares como o pagode.
Alguns instrumentos
musicais foram trazidos pelos africanos como o pandeiro, o berimbau e o agogô.
Tem-se como propósito a construção de um instrumento musical.
O Projeto do III trimestre propõe
trabalhar de forma interdisciplinar o respeito as diferentes culturas através
do teatro, buscando sempre a humanização do ser humano, fator imprescindível
para uma cultura de paz e de valorização do ser.
As atividades envolverão as disciplinas
de português através da oralidade, escrita e interpretação com as cantigas
impressas. Nas aulas de matemática o envolvimento será através da
interdisciplinaridade com os cálculos e histórias matemáticas. Na ciências será
a questão da preservação da natureza, da sensibilização ao meio ambiente,
conforme prega muito a cultura africana e indígena, sendo a natureza algo
extremamente respeitado e abençoado. Na história e geografia, questões
recorrentes a mapas, a históricos, e contribuições nos dias atuais. As aulas de
ensino religioso serão norteadas pelo espírito da humanização, da igualdade, do
respeito ao próximo e contra o preconceito. Em artes a produção dos fantoches e
a dramatização através do teatro. Na educação física aproveitar-se á as
cantigas e brincadeiras pesquisadas, as qiuais serão realizadas na quadra e no
espaço interno do pavilhão.
3. OBJETIVO GERAL
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Desenvolver as múltiplas competências, através do teatro, a fim de evidenciar o respeito a cultura africana e indígena.
4. OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
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·
Promover trabalhos artísticos voltados ao teatro,
como a criação de um cenário para a apresentação dos fantoches;
· Confeccionar fantoches variados, dentro da
cultura africana e indígena;
·
Trabalhar textos e histórias, relacionadas as
culturas referidas, que promovam a alfabetização e letramento;
·
Debater a herança da cultura nos dias atuais;
·
Degustação de culinária africana;
5. ATIVIDADES
ESPORTIVAS E RECREATIVAS
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·
Músicas com temáticas relacionadas aos temas
abordados;
·
Leitura e contextualizações de histórias
africanas;
·
Recreação com brinquedos confeccionados pelas
crianças;
·
Atividades de lateralidade, coordenação e
motricidade dentro da sala e na quadra, envolvendo cantigas e brincadeiras africanas;
6. ATIVIDADES
ARTÍSTICAS E CULTURAIS
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Preparação e degustação da tapioca com banana
e leite condensado feita pela turma e cangica doce.
Desenhos e atividades relacionadas a cultura africana;
Desenhos e atividades relacionadas a cultura africana;
Apresentações de pequenos vídeos sobre a
Cultura africana e indígena;
Dobraduras e modelagens com figuras temáticas
Releitura de obras africanas para exposição.;
Técnicas artísticas diversas, com orientações
e suporte;
Construção de materiais musicais com pets, baseados na culturas em estudo;
Hora do Conto Africano e Lendas Indígenas;
Desenhos no caderno literário com as
histórias contadas.
TAPIOCA/ 1º ANO |
7. METODOLOGIA
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Método qualitativo de cunho observatório. Todas as atividades desenvolvidas serão acompanhadas, redirecionadas e discutidas, afim de, proporcionar uma
melhor integralidade da ação com o saber. A cultura afro e indígena será
articulada com a prática social e aos conteúdos específicos das disciplinas,
através deste projeto interdisciplinar, numa interação de linguagem corporal,
escrita, audiovisual e oral, integrando várias práticas discursivas,
mobilizando diversos meios para aprendizagem significativa.
8. CRONOGRAMA DAS
ATIVIDADES
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ATIVIDADE
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MATERIAL
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PERÍODO
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AVALIAÇÃO
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Atividades
culinárias
Tapioca
com banana e doce de leite
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Tapioca
Banana
Doce
de leite
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Outubro a novembro
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Confecção
dos fantoches
Teatro |
Palito
Papel
de desenho
Lápis
de cor
Recortes
de revistas
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Outubro
a novembro
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Hora do Conto
Histórias e desenhos no caderno literário |
Laís
de cor
Caderno
literário
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Outubro
à novembro
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Confecção
de instrumento musical
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Pet
ou materiais recicláveis pertinentes ao insttrumento
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Novembro
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Degustação
da Cangica
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Cangica
Açúcar
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Outubro
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Releitura
de obras africanas
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Tinta
guache
Folha
de desenho grande
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Outubro
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Cantigas
africanas
para trabalhar
a oralidade, leitura e escrita
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Xerox
da letra da cantiga
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Outubro
a novembro
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10. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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Foi elaborada esta Proposta de trabalho, através do
teatro para a turma do 1º ano, que visasse o aprendizado lúdico, criativo e
pautado nas culturas referenciadas.. Foram citadas atividades abrangendo as
diversas habilidades do desenvolvimento infantil.
A proposta de realização do teatro na
escola, visa a expansão das competências pelos alunos, a fim de que haja uma
ampliação dos conhecimentos. Contribui para a socialização dos alunos com seus
pares, ampliando seus aspectos linguísticos e sua criatividade.
O projeto tem por embasamento propor
um ambiente de alfabetização e letramento, através da diversidade étnico-racial, que estimule
as crianças a ampliar seu conhecimento, através das culturas e as influências no
modo de vida de cada um.
A vida em uma sociedade multicultural
nos conduz a vivermos com as inúmeras etnias e com suas inflências na
sociedade. A escola oportuniza este espaço de interação e interdisciplinaridade
uma vez que, enfatiza estes temas e desperta o aluno a questionamentos. A
escola é um espaço que é direito de todas as raças. Mas esse é um direito que
para ser respeitado não basta a presença física de seus descendentes na escola.
É necessário destacar que algumas das
atividades, descritas no cronograma, serão apresentadas no III Ensaio Científico, em Novembro, na escola Vicente Pallotti(Culminância).
11. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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REVERBEL, Olga. Um caminho do teatro na escola. São
Paulo: Scipione, 1997.
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário da Língua Portuguesa em CD, versão 2002.
BRASIL. Secretária de educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997.
A Lei 10.639/03
torna obrigatório o ensino da história africana, afro-brasileira e indígena.
Esta lei é sem dúvida um grande avanço e de enorme importância. A história da
África deve ser ensinada com a mesma frequência e aprofundamento que é dado ao
ensino da história européia, pois ambas são de igual importância para se
compreender não só a história do Brasil, mas a história geral.
Profª Giana Weber