quinta-feira, 9 de maio de 2013

CRÔNICA: BASEADA NO LIVRO "O PEQUENO PRÍNCIPE"- INTERPRETAÇÃO E ATIVIDADES/ 9º Ano...


           Considerando que os alunos, já realizaram a leitura on line do livro e assistiram o filme, chegou a hora de unir o livro ao trabalho de sala de aula...
     Leia a crônica de Moacir Sclyar, reproduzida do jornal Folha de S. Paulo,

Pobre Pequeno Príncipe, perdido em pérfido planeta

            Os destroços do avião do escritor e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro "O Pequeno Príncipe", foram descobertos no litoral de Marselha, quase 60 anos após seu desaparecimento.
                                                                                                            Folha Online Mundo, 7.abr.2004
            Como é fácil imaginar, a notícia de que o avião de Saint-Exupéry havia sido finalmente encontrado provocou grande comoção, sobretudo entre os fãs do escritor, ainda muito numerosos.
            De imediato, um comitê foi formado com o objetivo de trasladar os destroços do aparelho para um grande memorial a ser construído em Paris.
Mas quando os encarregados da tarefa dirigiram-se ao local, uma pequena e pedregosa praia não distante de Marselha, tiveram uma surpresa.
            De uma gruta próxima emergiu uma figura estranha.
            Era um velho, talvez octogenário, talvez nonagenário, longa barba, cabeleira desgrenhada, vestindo farrapos. Empunhando uma espécie de pequena espada enferrujada, avançou na direção dos homens:
            - O que vocês querem? Deixem esses destroços aí. São do avião do grande Saint-Exupéry.
            O chefe da equipe, homem culto e educado, achou que estava diante de um maluco.
Mas não perdeu a calma. Em tom conciliador, explicou que os destroços seriam levados para um lugar em que todas as pessoas, inclusive leitores de Saint-Exupéry, pudessem vê-los.
            O velho abanou a cabeça:
            - De maneira nenhuma. Os destroços do avião não saem daqui. Não enquanto Saint-Exupéry não retornar. Eu estou aqui à espera dele há 60 anos e ficarei mais de 60 anos se necessário.
            E subitamente enfurecido gritou:
            - Sessenta anos, vocês sabem o que é isso? Sessenta anos.
            Eu era um menino lindo, loirinho, quando vim para cá, diretamente do asteróide B 612, que vocês, aposto, nem conhecem.
            Agora sou um velho desdentado, reumático, um velho que passa o dia todo resmungando.
            Não tenho com quem falar, entendem?
            Não tenho com quem falar.
            Havia uma flor com quem eu conversava, uma bela flor, mas ela morreu há muito tempo.
            Havia também uma raposa, muito esperta, que me dizia coisas inteligentes; sumiu.
            Quanto ao Saint-Exupéry...
            Enxugou os olhos:
            - Não sei dele. Mas prometi a mim próprio que cuidaria dos restos de seu avião até que voltasse.
            E cumprirei minha promessa, custe o que custar.
            O chefe da equipe tentou de novo ponderar que aquilo não tinha sentido:
            - O senhor está vendo, o tempo passou, o mundo mudou...
            O velho olhou-o um instante e depois disse em tom de desprezo:
            - O mundo mudou? Não é isso o que eu vejo. O meu mundo continua o mesmo. É isso o que eu vejo, e eu é que estou certo.
            O senhor vê mal as coisas, amigo.
            O senhor não sabe que, como disse um escritor cujo nome já não lembro, o essencial é invisível para os olhos?
            Jogou sobre os ombros o rasgado manto que tinha nas mãos, colocou sobre a cabeça a coroa agora muito pequena, e lá se foi ele, o velho Pequeno Príncipe.

PesquisaWeb
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DA CRÔNICA
1) Procure no dicionário o significado da palavra pérfido e comente:  
          
2) O que você entendeu do título da crônica: “Pobre Pequeno Príncipe, perdido em pérfido planeta”?
3) O escritor usou um recurso no título chamado aliteração que é a repetição da letra inicial da palavra; que efeito literário isso causa no título?

4) Em que espaço e tempo acontece a crônica: Pobre Pequeno Príncipe, perdido em pérfido planeta? 
5) O narrador da crônica é:   (   ) narrador observador  (   ) narrador-personagem                    

6) Observe que na Crônica aparecem dois tempos verbais distintos no diálogo do velho. Por que isso acontece?

- O que vocês querem? Deixem esses destroços aí.
Havia uma flor com quem eu conversava, uma bela flor, mas ela morreu há muito tempo.
7) Faça um paralelo das características dos personagens da crônica:                                                      
chefe da equipe
Velho

8) Comente o trecho da crônica: “O senhor não sabe que, como disse um escritor cujo nome já não lembro, o essencial é invisível para os olhos?”
                                                                                                                                               
  
9) Numere a sequência dos acontecimentos da crônica:
(    ) Eu estou aqui a espera dele há 60 anos.
(    ) De uma gruta próxima saiu uma figura estranha.
(    ) O chefe da equipe achou que estava diante de um maluco.
(    ) O senhor está vendo, o tempo passou[...]
(    ) Colocou sobre os ombros o manto rasgado e sobre a cabeça a coroa.
(    ) Formaram um comitê para buscar os destroços do avião.

10) Use o pronome relativo adequado:
a) O senhor não sabe que, como disse um escritor .......... nome já não lembro, o essencial é invisível para os olhos?
b) Cortaram os Baobás .............. troncos estavam podres.
c) Mas prometi a mim próprio ............ cuidaria dos restos de seu avião até que voltasse.
d) Nunca mais voltei ao planeta ............ nasci.
e) As crianças estavam perdidas, sem saber ............. ir.
f) O príncipe ................ eu  falo tornou-se amigo  da raposa.

11) Observe o 2º quadrinho da tirinha abaixo:                                                                                             

a) Identifique a conjunção presente na frase dita pelo personagem:
b) Informe o sentido da conjunção no contexto em que foi empregada:
 
12)  Observe o seguinte excerto poético e em seguida atente-se para as questões que a ele se referem: 
"A vida passa, as pessoas mudam, a verdadeira amizade permanece".   (profª Janete Marion)
As orações que o compõem são coordenadas sindéticas ou assindéticas? Justifique:
*** Reescreva os versos introduzindo as conjunções coordenadas que melhor se adequarem à ideia expressa:
13) Verifique o código em evidência, empregando-o corretamente de acordo com os casos expressos pelas orações a seguir:                                                                                                                       
1- coordenada aditiva
2 - coordenada adversativa
3 - coordenada alternativa
4 - coordenada explicativa
5 - coordenada conclusiva
a-(    ) Não fomos ao aniversário, porém trouxemos o presente.
b-(    ) Ou tentas se qualificar melhor, ou serás demitido.
c-(    ) Conseguimos obter um ótimo resultado, pois nos esforçamos bastante .
d-(    ) A garota não compareceu à aula porque estava doente.
e-(    ) Viajamos muito e chegamos exaustos.
f-(    ) Não vejo importância neste tema, portanto encerraremos a reunião.
g-(    ) Chora, que lágrimas lavam a alma.
h-(    ) Não gosto de sua atitude, todavia não lhe trato mal.
Profª Janete Marion- Língua Portuguesa

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