BIOGRAFIA: CÂNDIDO PORTINARI
A obra de Cândido Portinari é marcada por sua infância em Brodowski, onde nasceu, em 1903. Sua trajetória como pintor, desenhista, ilustrador e poeta demonstra a importância
da vivência e da observação das cidades do interior do estado de São
Paulo.
Candinho, como era
chamado, nasceu na Fazenda Santa Rosa, nas proximidades de Brodowski e, aos 3
anos de idade,
mudou-se para a cidade com seus pais e seus 11 irmãos. Quando
era menino, ele nadava nos rios, empinava pipa e jogava pião e futebol com seus
irmãos e outros garotos na praça em frente ao cemitério.
Desde pequeno,
gostava de desenhar e pintar e na escola era muito solicitado para ilustrar os
cadernos dos colegas.
Com apenas 9 anos,
seu talento foi demonstrado ao trabalhar como ajudante de um grupo de pintores
italianos que decorava a igreja matriz. O futuro artista pintou as estrelas do
teto da igreja
do município, utilizando saquinhos de tinta em pó e moldes
vazados.
Após essa
experiência, seus pais encaminharam o menino para ter aulas com um artista
local que copiava estampas de santo. Para dar continuidade à sua formação, ele
mudou-se em 1919 para o Rio de Janeiro, onde inicialmente frequentou o Liceu de
Artes e Ofícios e, um ano mais tarde, matriculou-se no curso livre de desenho
na Escola Nacional de Belas Artes.
O menino Candinho
saiu de Brodowski e tornou-se Cândido Portinari, grande -pintor do
Brasil.
Em 1928,
conquistou o prêmio de viagem do Salão da Escola Nacional de Belas Artes e
ficou dois anos na Europa. Naquela época, a Europa era referência para os
artistas brasileiros. O artista viajou, visitou museus, conheceu o trabalho de
muitos
outros pintores e aprendeu muito, mas quase não pintou.
Em 1931, voltou ao
Brasil casado com uma jovem uruguaia, Maria Victoria Martinelli, que foi sua
companheira
durante toda a vida e mãe de seu único filho, João Candido.
Considerado o
pintor oficial do País, fez muitos trabalhos para o governo, decorando prédios,
igrejas, bancos e escolas com temáticas que variaram entre brincadeiras
infantis e cenas religiosas e históricas.
Suas obras mostram a
realidade com a qual ele conviveu em sua infância, suas observações da vida dos
lavradores e retirantes e um empenho em retratar a história, a tradição e a
religiosidade dos brasileiros.
Os olhos curiosos
de Candinho, como os de todas as crianças, presenciaram cenas tristes e alegres
em sua cidade natal. Mas, não foi apenas com pincéis e tintas que o artista
registrou suas recordações. Além de pintar, ele também escreveu poemas.
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